Mauro Cid corre risco de perder delação na PF após áudio vazado
Militar deve ser intimado a prestar novo depoimento em breve
Foto: Agência Brasil/Antonio Cruz
A Polícia Federal (PF) está considerando anular o acordo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), após a divulgação de áudios nos quais o militar teria criticado a corporação e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Em áudios atribuídos a Cid e revelados pela revista Veja, o militar teria afirmado que era obrigado a corroborar versões conforme narrativas já construídas pela PF. Investigadores afirmam que vão analisar o conteúdo das gravações e, se confirmadas as declarações nesse contexto, a colaboração premiada corre risco de ser anulada.
Se confirmadas as alegações, o acordo de delação poderá ser rescindido, acarretando na perda de benefícios e na possibilidade de prisão. A defesa de Cid negou que o militar questione as investigações da PF, afirmando que ele está passando por um momento de angústia pessoal devido às apurações da corporação.