Mauro Cid pode ser reconvocado na CPMI após caso Rolex
Cid deve ser questionado sobre tentar vender um Rolex recebido por Bolsonaro durante viagem à Arábia Saudita
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Parlamentares aliados de Lula (PT), pretendem reconvocar o ex-ajudante de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro.
Mauro Cid foi à CPMI em 11 de julho. Porém, após breve fala inicial, o ex-ajudante de ordens permaneceu em silêncio. Ele tinha autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para não responder algumas perguntas perante fatos que o incriminasse.
Recentemente, a CPMI tomou conhecimento de que Mauro Cid cotou o preço de um relógio da marca Rolex que comitiva de Bolsonaro havia recebido de presente em viagem a Arábia Saudita. A informação foi revelada por meio de e-mails aos quais a CPMI obteve acesso. Esse caso aumentou a vontade de interrogá-lo novamente.
Outro e-mail mostra que Cleiton Henrique Holzschuk, um ex-funcionário do Planalto, orientou que pedras preciosas presenteadas a Jair Bolsonaro fossem “entregues em mão” a Cid. Depósitos feitos por Mauro Cid à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também são pontos de interesse de parlamentares governistas na CPMI.
A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) acredita que uma reconvocação de Mauro Cid ganhou força depois das revelações. Ela também deseja convocar o próprio casal Bolsonaro, embora estes pedidos sejam mais difíceis de obter a aprovação.
Jandira Feghali e o deputado Rogério Correia (PT-MG) já apresentaram requerimentos para reconvocar Mauro Cid, assim como o senador Jorge Kajuru (PSB-GO).
Nesta terça-feira (8), o presidente da CPMI, Arthur Maia (União-BA), em resposta a uma fala do Kajuru sobre o assunto, garantiu submeter o pedido de reconvocação de Mauro Cid à apreciação do colegiado.