Médica que aplicou nebulização de hidroxicloroquina é demitida no AM
Paciente estava em uma maternidade e morreu
Foto: Divulgação | Rede Amazônica
A médica e ginecologista Michelle Chechter foi demitida pela Secretaria da Saúde do Amazonas após aplicar uma nebulização de hidroxicloroquina como tratamento em uma paciente tinha acabado de dar a luz e estava infectada com a covid-19 no Instituto da Mulher Dona Lindu, em Manaus. A paciente morreu.
A Secretaria disse que o tratamento não faz parte dos protocolos da maternidade, "nem de outra unidade da rede estadual de saúde, ainda que com o consentimento de pacientes ou de seus familiares", conforme nota divulgada pela secretaria.
Diversos estudos científicos apontam que a hidroxicloroquina e outros medicamentos não possuem eficácia comprovada contra a covid-19.
Ainda conforme a secretaria, um outra paciente também recebeu a nebulização e sobreviveu. "Conforme o instituto informou à secretaria, duas pacientes foram submetidas ao tratamento de nebulização de hidroxicloroquina. Ambas assinaram termo de consentimento, como relatado em prontuário. Uma das pacientes veio a óbito e a outra teve alta. Todas as informações sobre o atendimento estão registradas em prontuário", disse.
Por fim, a pasta pontuou que não concorda com "qualquer terapêutica experimental de teor relatado e não reconhecida e entendem que tais práticas não podem ser atribuídas à unidade de saúde, que tem como premissa o cumprimento da lei e dos procedimentos regulares, conforme os órgãos de saúde pública e os conselhos profissionais.