Médico é condenado a mais de 17 anos por matar colega e esconder corpo em rio na Bahia
A vítima teve o corpo amarrado em uma âncora em um trecho do rio Jacuípe
Foto: Reprodução
O médico Geraldo Freitas de Carvalho Júnior foi condenado a 17 anos, 10 meses e 15 dias de prisão, por matar e ocultar o corpo do também médico Andrade Santana Lopes, em maio de 2021. O caso teve repercussão nacional. O corpo da vítima foi encontrado amarrado a uma âncora no Rio Jacuípe, em São Gonçalo dos Campos, mesma região de Feira de Santana, onde o assassinato foi cometido.
A sentença foi proferida na madrugada desta sexta-feira (27), quando o júri popular foi concluído. A decisão ainda cabe recurso. Andrade Lopes era natural do Acre e morava em Araci, na região sisaleira da Bahia, onde foi sepultado sob forte comoção. A vítima trabalhava também em Feira de Santana, onde era colega de Geraldo.
Na época do crime, Geraldo chegou a simular preocupação com um suposto desaparecimento de Andrade, registrou o caso em delegacia e chegou a participar das buscas pelo então amigo, mas entrou em contradição em depoimentos várias vezes e acabou confessando o homicídio. Ele aguardou o julgamento preso. Inicialmente, o acusado foi levado para o Conjunto Penal de Feira de Santana. Depois, encaminhado para o presídio de Jequié, no Sudoeste.
O crime foi motivado por pagamento de dívida. Andrade emprestou o nome para Geraldo tirar uma caminhonete, já que ele tinha restrições de créditos. Depois disso, o acusado se recusou a pagar. Quando Andrade começou a cobrar, Geraldo ficou revoltado, o matou e desovou o corpo no rio para tentar encobrir o crime.