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Médicos da rede estadual fazem greve em Salvador; categoria é contra mudança de vínculo CLT para PJ

Sesab assegura que não haverá interrupção na assistência à população; profissionais de cinco unidades aderiram o movimento

Por Da Redação
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Atualizado
Médicos da rede estadual fazem greve em Salvador; categoria é contra mudança de vínculo CLT para PJ

Foto: Reprodução

Os médicos de cinco maternidades e hospitais estaduais, localizados em Salvador, entraram em greve nesta quinta-feira (31). O Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed-BA) se posiciona contra a mudança do vínculo trabalhista de CLT para Pessoa Jurídica (PJ).

Segundo o Sindimed, serão suspensos atendimentos eletivos, clínicos e cirúrgicos, além de fichas verdes (pouco urgente) e azuis (não urgente). Já a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) assegurou que os serviços não serão afetados. [Leia a nota na íntegra no final da matéria]

As unidades de saúde afetadas onde os médicos estão em greve são o Hospital Geral do Estado (HGE), Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), Instituto de Perinatologia da Bahia (Iperba), Maternidade Tsylla Balbino e Maternidade Albert Sabin.

A decisão da greve foi tomada por unanimidade em uma assembleia convocada pelo sindicato na última quinta-feira (24). Na segunda (28), a Sesab negou ao Farol da Bahia a possibilidade de paralisação dos serviços. No entanto, com o início da medida nesta quinta, a pasta classificou a ação como “irresponsável”, além de acusar o Sindimed de tentar gerar pânico na população. 

Entenda a reivindicação 

A principal diferença entre os modelos de contratação está nos direitos garantidos. Trabalhadores contratados pelo regime CLT têm benefícios previstos por lei, como férias remuneradas, 13º salário, descanso semanal e depósitos mensais de FGTS. Já profissionais que atuam como Pessoa Jurídica (PJ) não contam com essas garantias.

Apesar disso, o salário líquido costuma ser maior no modelo PJ, justamente porque esse tipo de vínculo isenta o contratante de encargos trabalhistas e tributos como INSS e FGTS — custos que, no regime CLT, reduzem o valor final recebido pelo trabalhador.

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Segundo a Sesab, parte dos profissionais já migrou para o regime PJ “sem qualquer prejuízo ao funcionamento dos serviços”. 

Leia a nota da Sesab na íntegra:

"SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
31/07/2025

Atendimentos seguem sem interrupções na rede estadual de saúde

Todas as unidades da rede estadual de saúde seguem com funcionamento normal e sem qualquer restrição de atendimento à população. A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) assegura que não há risco de interrupção dos serviços, inclusive nas unidades citadas pelo Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed-BA), como HGE, Hospital Geral Roberto Santos, Iperba, Maternidade Tsylla Balbino e Maternidade Albert Sabin.

A Sesab lamenta a tentativa do sindicato de gerar pânico com uma narrativa alarmista sobre uma suposta paralisação dos atendimentos médicos a partir de 31 de julho. A secretaria classifica a ação como irresponsável e desinformativa, destacando que parte dos profissionais já migrou para novos vínculos sem qualquer prejuízo ao funcionamento dos serviços.

A pasta também esclarece que, no dia 24 de julho, reuniu-se com o próprio sindicato, o Ministério Público do Trabalho e a Procuradoria Geral do Estado, apresentando as alternativas legais para o processo de transição contratual, como credenciamento de pessoa jurídica e novos editais com vínculo celetista. A rede estadual conta com empresas regularmente contratadas para garantir os atendimentos.

A secretaria reitera seu respeito às entidades médicas, mas faz um apelo à responsabilidade: narrativas alarmistas comprometem a relação de confiança com os pacientes e ignoram o esforço coletivo para garantir uma transição transparente e segura."

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