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Médicos e enfermeiros são denunciados por divulgação de fakes news ou curas milagrosas durante pandemia

Pelo menos seis processos éticos já estão em andamento

Por Da Redação
Ás

Médicos e enfermeiros são denunciados por divulgação de fakes news ou curas milagrosas durante pandemia

Foto: Divulgação

Foram registradas ao menos 79 denúncias contra médicos e enfermeiros por divulgação de fake news ou 'curas milagrosas' durante a pandemia provocada pelo novo coronavírus, de acordo com um levantamento realizado pelo portal G1. Em 40 casos, foram abertas sindicâncias para apurar a denúncia; em seis, já há processos éticos.

Das 79 denúncias, 59 foram registradas pelos conselhos regionais de medicina e 20 pelos de enfermagem. Os conselhos regionais de medicina também registram a maior parte das sindicâncias (36 de 40) e dos processos éticos (5 de 6). Em 20 de março, o Conselho Federal de Enfermagem suspendeu por dois meses os prazos para os procedimentos por causa do isolamento social.

O cenário de pandemia provocado pela Covid-19 também foi aproveitado por falsos médicos, que tentaram lucrar com fórmulas milagrosas para combater a doença. A Organização Mundial de Saúde fez um alerta em fevereiro deste ano do risco da infodemia, com o alto volume de informações que dificulta o acesso a fontes e orientações confiáveis.

Segundos os presidentes do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Ribeiro, e o diretor do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Gilney Guerra, lembram que médicos e enfermeiros precisam seguir o código de ética. De acordo com Guerra, a medida adotada pelo conselho depende da gravidade da denúncia, da veracidade dos fatos, do dano que causou ao terceiro, dos antecedentes profissionais, entre outros. São possíveis penalidades:

  • Advertência verbal
  • Multa em dinheiro
  • Censura (manifestação do conselho censurando o ato no Diário Oficial e num jornal de circulação)
  • Suspensão temporária do exercício profissional
  • Cassação do exercício profissional

"O profissional de saúde tem que se basear nas evidências científicas. Quando ele divulga algo baseado em um estudo que foi publicado por uma revista e que traz uma fonte de informação, ele não pode ser censurado. Mas quando o profissional de saúde traz à tona determinadas recomendações que não têm evidência científica, não são recomendadas por autoridades sanitárias do país, como secretarias estaduais, Ministério da Saúde, ou mesmo OMS, ele está fazendo na verdade um desserviço. Ele está trazendo desinformação", afirmou.

O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Ribeiro, reforça que os médicos também devem checar se as fontes são confiáveis antes de compartilhar ou produzir conteúdo para divulgar nas redes sociais.

"Como profissionais, recomenda-se aos médicos que usem as redes sociais dentro dos limites estabelecidos pelo Código de Ética Médica, ou seja, com o uso de informações validadas cientificamente e no intuito de promover a adoção de comportamentos e hábitos saudáveis. Não é recomendável aos médicos e a qualquer outra pessoa distribuir informações sem que as fontes sejam confiáveis", destacou Mauro Ribeiro.

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