Médicos registram 3,1 mil denúncias sobre falta de equipamentos para o combate à Covid-19
Dados são da Associação Médica Brasileira
Foto: Divulgação
Os médicos que atuam na linha de frente do combate à Covid-19 registraram, em 1 mês, 3.181 denúncias sobre falta de equipamentos de proteção individual (EPI) no atendimento a pacientes. As cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre são as que mais registraram reclamações, com 375, 181 e 132 casos, respectivamente. Os dados são da Associação Médica Brasileira (AMB) e se referem ao período de 19 de março a 20 de abril.
A maior parte das denúncias dos médicos (658, ou 20,6%) relata a falta de três tipos de equipamentos: máscaras do tipo N95 ou PFF2, as mais indicadas para o atendimento hospitalar, estão presentes em 86% das denúncias; 69% afirmam faltar óculos ou face shield (uma espécie de viseira que cobre todo o rosto); e 65% denunciam a falta de capote impermeável. Os equipamentos são a única forma de proteção que os profissionais têm para evitar a contaminação.
De acordo com o Ministério da Saúde, a falta de EPIs está relacionada a problemas no fornecimento. Cerca de 90% dos materiais são produzidos na China, que encerrou a produção devido à pandemia e está retomando as atividades. Agora, os países enfrentam uma disputa entre si na compra dos materiais.