Medidas de isolamento social ajudaram a poupar mais de 3 milhões de mortes pela covid-19, revela estudo
Em países que não aplicaram as restrições, as taxas de infecção pelo vírus aumentaram em 68% ao dia
Foto: Agência Brasil
Um estudo realizado por pesquisadores da 'Imperial College London', na Inglaterra, revelou que as medidas de isolamento social e as medidas de restrição adotadas para conter o avanço da Covid-19, incluindo o fechamento de comércios e escolas, ajudaram a poupar mais de 3 milhões de mortes pela doença em 11 países. As informações foram publicadas nesta segunda-feira (8), na revista "Nature".
Para os pesquisadores, as medidas de restrição adotadas, principalmente, em março, resultaram "um efeito substancial" e colaboraram para diminuir a taxa reprodutiva da transmissão da doença para abaixo de 1 no início de maio.
Nos 11 países pesquisados, Áustria, Bélgica, Reino Unido, Dinamarca, França, Alemanha, Itália, Noruega, Espanha, Suécia e Suíça, o estudo estimou que no início de maio, entre 12 e 15 milhões de pessoas estavam infectadas com a doença. A partir da comparação com o número de mortes registradas com os óbitos previstos para os países sem a adoção das medidas, os pesquisadores conseguiram chegar à estimativa de cerca de 3,1 milhões de mortes que foram evitadas com o isolamento social.
Em uma outra análise, os cientistas também identificaram que as restrições implementadas na China, Coreia do Sul, Itália, França, Irã e Estados Unidos impediram ou retardaram cerca de 530 milhões de casos do novo coronavírus. Na análise, o estudo revelou que dos países que não aplicaram as medidas para conter a disseminação da doença, as taxas de infecção precoce pelo vírus aumentaram em 68% ao dia no Irã e uma média de 38% por dia nos outros cinco países.