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Bahia

Menina de 16 anos volta para casa após passar um ano em cárcere privado em Salvador

Família alega que adolescente foi forçada a trabalhar como babá de 2 crianças e vivia trancada

Por Da Redação
Ás

Menina de 16 anos volta para casa após passar um ano em cárcere privado em Salvador

Foto: Divulgação/Polícia Civil

Uma adolescente de 16 anos voltou para casa no último domingo (31), após passar quase um ano desaparecida em Salvador. A família alega que a jovem foi sequestrada no dia 19 de agosto de 2021 e mantida em cárcere privado em uma casa na região da Avenida General San Martin, atrás de grades, forçada a trabalhar como babá de uma criança de 10 anos e outra de três anos. 

O pai da adolescente, o policial militar Jorge, conta que ela estava sozinha em casa, quando uma mulher invadiu a residência. “Ela entrou, levou cerca de R$ 1.500 e outras coisas que encontrou, fez a mala da minha filha e chamou um carro de aplicativo para levá-la embora”, disse ele, baseado no relato da própria vítima. 

Jorge afirma ainda que a suspeita cortou e pintou o cabelo da adolescente e deu a ela roupas diferentes das que costumava vestir, para descaracterizá-la. “A mulher deixava ela trancada com um cadeado, sem acesso à rua, só trabalhando. Tomou e destruiu o celular da minha filha. Confiscou até os absorventes que ela tinha levado, uma crueldade sem tamanho. Criou medos nela, traumas profundos, dizia que ela iria morrer se voltasse para casa”, contou o pai. 

A família chegou a divulgar em veículos da imprensa e nas redes sociais o desaparecimento da adolescente, mas sem sucesso. “Depois de tantas buscas frustradas, chegamos a pensar no pior, por causa da violência que a gente vê diariamente, mas não perdemos a fé e a esperança”, desabafou. 

A menina teria conseguido fugir após a irmã da suspeita visitar a casa e deixá-la sair, após perceber que ela ficava sempre dentro da residência e estranhar que ninguém da família procurava a adolescente. 

Ao ser liberada, a garota buscou o caminho da casa dos pais e os encontrou. A denúncia foi feita na Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca), em Salvador, nesta terça-feira (2). 

Jorge afirma que a família já conseguiu identificar a mulher e já informou a localização da casa para a polícia, bem como enviou fotos da suspeita. 

O Farol da Bahia entrou em contato com a Polícia Civil, mas ainda não obteve retorno. 

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