Menos de 17% das UTI's habilitadas pela Saúde recebem aporte financeiro da União
Dado é 71% menor em relação ao oferecido no pico da primeira onda da doença em 2020
Foto: Reprodução/ Agência Brasil
Com os números de mortes e infecções por Covid-19 estão em alta no Brasil, nessa quarta-feira (10), o país registrou 79.876 novos casos e 2.286 falecimentos pela doença. Porém, a quantidade de leitos de unidade de tratamento intensivo (UTI) disponibilizados pelo governo federal vão em direção contrária.
Dos quase 20 mil leitos pagos pelo Ministério da Saúde desde março de 2020, apenas 3.372 (16,5%) continuam recebendo aporte financeiro da pasta no pior momento da Covid no país. Os dados foram levantados pelo (M) Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, com base no balanço divulgado pelo Conselho Nacional dos Secretários Estaduais da Saúde (Conass).
Há redução de quase 50% ao ser comparado com o que foi registrado há um mês e de 71% em relação ao pico da primeira onda da doença, em julho, quando existiam 11,5 mil leitos custeados pela União.
De acordo com o núcleo, o motivo do corte foi o término, em 31 de dezembro de 2020, da vigência do decreto de estado de calamidade, no qual a Saúde se compromete a pagar parte dos gastos com os leitos de UTI utilizados.
No último dia 2, o Ministério da Saúde aprovou a liberação de R$ 153,6 milhões para custear 3.201 novos leitos de UTI em mais de 150 cidades de 22 estados. A portaria prevê repasses retroativos à manutenção de leitos de UTI referentes a janeiro e fevereiro, a fim de ressarcir dos estados que, dois, têm de utilizar recursos próprios para abrir novos leitos de terapia intensiva.