Mesmo afastada e investigada na Faroeste, desembargadora do TJBA recebe salário acima do teto
Sandra Inês Rusciolelli Azevedo tem recebido valores que ultrapassam base de R$ 44 mil
Foto: Divulgação
Dados do Portal da Transparência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revelam que, mesmo afastada do cargo desde 2020 e respondendo a denúncias no âmbito da Operação Faroeste, a desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Sandra Inês Rusciolelli Azevedo, tem recebido valores acima do teto constitucional, o limite máximo estipulado para a remuneração mensal de servidores públicos.
Esse teto corresponde ao salário de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), fixado em aproximadamente R$ 44 mil este ano. Em março, a magistrada recebeu R$ 47.744,50; em abril, R$ 47.425,34, valor que se repetiu nos meses de maio a outubro— último mês com dados disponíveis.
Fonte: Transparência/CNJ
Sandra Inês atuava no Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA) e é investigada na Operação Faroeste pela suspeita de ter recebido propina de R$ 250 mil para dar parecer favorável a uma empresa em um processo judicial. O afastamento da magistrada foi determinado em 2020, com prorrogações sucessivas em 2021, 2022 e março deste ano.