Mesmo sem prazo definido, Bruno anuncia compra de vacinas
"Eu acho justo que o município que possa fazer o esforço próprio de compra de vacinas possa ficar com todas elas" diz o prefeito
Foto: Gilberto Júnior / Farol da Bahia
O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), afirmou nesta segunda-feira (15) que as vacinas que forem comprada pelo município não vão ser repassadas ao Programa Nacional de Imunização.
“O que queremos é comprar as doses para que elas fiquem aqui, para a gente acelerar o nosso processo. Eu acho justo que o município que possa fazer o esforço próprio de compra de vacinas possa ficar com todas elas”, disse.
Bruno rebateu ainda a declaração do governador Rui Cosa (PT), que se disse contrário ao consórcio formado por municípios para adquirir vacinas.
“Diante das dificuldades do governo federal, e até para reduzir meus investimentos em cestas básicas, em saúde e auxílio emergencial - a dose da vacina de Oxford é mais barata do que eu pago numa cesta básica e no auxílio emergencial - eu prefiro fazer este investimento. Espero que as vacinas, tanto federais, quanto do governo do estado, possam chegar para que a gente evite esse gasto”, disse.
“O Consórcio Nordeste tinha um contrato e sublocou esse contrato ao governo federal, que vai pagar pelas vacinas e, consequentemente, elas vão ser distribuídas para todo o Brasil. Isso é uma coisa. Vai aumentar o quantitativo de doses, mas não vai acelerar para Bahia e Salvador. Outra coisa é eu pegar recursos próprios da prefeitura, do cidadão para comprar vacinas. Aí elas precisam ficar aqui. Mas pode ser que a Frente Nacional consiga, digamos, 20 milhões de doses e, na hora, o governo diga que vai assumir o pagamento dessas doses. Aí tudo bem o governo ficar com as doses", completou.
O gestor disse ainda que a compra de imunizantes pela Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), estão avançadas e o município deve adquirir doses da vacina de Oxford. “O pessoal pediu que a Frente Nacional assine o protocolo de compra das vacinas antes da formalização do consórcio, já para deixar reservado. Estamos tocando a parte burocrática disso. Mas eu prefiro não dar prazos sobre isso para não gerar ansiedade na população.”