Militares da reserva emitem nota em defesa de 'voto auditável'
Os presidentes dos clubes Militar, Naval e Aeronáutica assinaram defesa
Foto: Cristian Janke/Flickr
Os oficiais da reserva do Clube Militar, Clube Naval e Clube de Aeronáutica, emitiram, na noite desta segunda-feira (02), uma nota em defesa da proposta de "voto auditável" defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Assunto é motivo de confronto com o Supremo Tribunal Eleitoral (TSE).
Em nota, os militares reproduzem argumentos utilizados pelo presidente na defesa da proposta. "Auditagem das urnas não pode ser enxergada a olho nu. Trata-se, de uma inescrutável caixa preta. A inviolabilidade das urnas eletrônicas, atestada pela própria equipe técnica do TSE, não pode ser um dogma. O TSE bloqueia sistematicamente propostas de teste do sistema solicitados por equipes externas, o que pode levar à suspeita de que tem algo a esconder.", diz o comunicado.
Além de relembrar ataques digitais ocorridos no mundo a fim de questionar a segurança das urnas. “Digitais da NASA, do Pentágono, de partidos políticos americanos e de grandes empresas privadas, mesmo protegidos por sistemas de segurança (CyberSecurity) up to date, já foram invadidos ( ...) Diante destas inquestionáveis evidências, seriam as urnas eletrônicas brasileiras realmente inexpugnáveis?”, completam.
No entanto, a apuração das urnas não é feita em segredo e os representantes dos partidos participantes da disputa acompanham a apuração.
A nota foi emitida na mesma noite em que o presidente Jair Bolsonaro voltou a comentar a proposta e criticou com presidente do STF, o ministro Luís Roberto Barroso.