Militares se pronunciam sobre a defesa de Bolsonaro e avaliam estratégia como 'espírito de deslealdade'
Os militares acreditam que Bolsonaro pretende 'entregar' aliados do governo com o intuito de se proteger
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Militares indiciados por participação no plano golpista consideraram a atitude da defesa de Jair Messias Bolsonaro como um "espírito de deslealdade" por parte do ex-presidente. Os militares avaliam que, com o intuito de proteger se proteger, Bolsonaro pretende denunciar os aliados que estiveram com ele durante todo o governo.
O advogado de Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno, havia declarado a Globo News, na sexta-feira (29), que o ex-presidente não iria se beneficiar do plano golpista, e que o plano beneficiaria apenas aos militares. O advogado ainda alegou que o ex-presidente não tinha conhecimento da criação de um "gabinete de golpe".
Bueno ainda disse que caso o plano fosse executado, Bolsonaro poderia sofrer um "contragolpe", e os militares que são mais fieis ao ex-presidente assumiriam o governo.
Os militares demonstraram estar muito instatisfeitos com a postura de Bueno e realizaram críticas a defesa do ex-presidente. O advogado criminalista Fábio Tofic, informou que mesmo se Bolsonaro não tivesse participação no ato, ainda seria responsabilizado, por ter conhecimento do plano golpista e não ter comunicado à Polícia Federal.
Confira a lista dos 37 indiciados por participação no plano golpista