"Minha mãe apanhou por 20 anos", diz a nova presidente da CPI do feminicídio
Telma Rufino iniciou seu mandado nesta terça-feira (5)

Foto: Divulgação/Mardonio Vieira
Em seu primeiro dia como presidente da Comissão parlamentar de inquérito (CPI) do Feminicídio, a deputada Telma Rufino (Pros) contou nesta terça-feira (5), que sua própria mãe sofreu violência doméstica por 20 anos.
Eleita por unanimidade para o cargo, Rufino reforçou a importância de se discutir a violência contra a mulher.
“A violência não começa do dia para noite. Minha mãe foi vítima. Ela passou quase 20 anos apanhando do meu pai. Ela não saiu de casa por não ter para onde ir com os seis filhos”, lembrou a deputada.
Segundo ela, o maior objetivo da CPI do Feminicídio será tratar de recomendações e propostas para o poder executivo com o intuito de melhorar a situação.
A primeira reunião da CPI está agendada para acontecer nesta quinta-feira (7), às 14h. A partir desta reunião que o cronograma da comissão será oficialmente montado.
Rufino ainda afirmou que convidará o secretário de Educação para saber como o assunto é tratado nas escolas nacionais.
“O governo tem que entender que tudo é politizado. Mas nós não trabalharemos em nenhuma ação individualizada. O nosso acordo é que o governo fique com o comando e nós, com a relatoria”, disse o relator Fábio Felix.