Cultura

Ministério da Justiça muda classificação indicativa de filme de Gentili

Decisão ocorre após acusações de apologia à pedofilia

Por Da Redação
Ás

Ministério da Justiça muda classificação indicativa de filme de Gentili

Foto: Divulgação

Após analisar as acusações de apologia à pedofilia, o Ministério da Justiça mudou a classificação indicativa do filme "Como se tornar o pior aluno da escola", de 2017. O despacho, assinado pelo secretário José Vicente Santini, foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (16). A decisão ocorre  um dia depois de outro despacho da pasta censurar a exibição da comédia em plataformas de streaming. 

Citando "tendências de indicação como coação sexual; estupro, ato de pedofilia e situação sexual complexa", a recomendação etária do longa passou de 14 para 18 anos. Além disso, o texto também recomenda que o filme seja exibido após as 23h em televisão aberta. A nova classificação etária, com os devidos descritores de conteúdo, deve ser utilizada em qualquer plataforma ou canal de exibição de conteúdo classificável em até cinco dias corridos.

Suspensão e posicionamento

O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça argumenta que a suspensão do filme busca "a necessária proteção à criança e ao adolescente" e prevê multa de R$ 50 mil por dia em caso de descumprimento. A determinação foi aplicada a Netflix, Globo (dona das plataformas Telecine e Globoplay), Google (YouTube) , Apple e Amazon (veja, abaixo, o que as plataformas disseram).

Em entrevista ao jornal O Globo, o ator Fabio Porchat,  que interpreta o adulto que assedia sexualmente dois alunos de uma escola, ressaltou que o filme é uma peça de ficção. "Como funciona um filme de ficção? Alguém escreve um roteiro e pessoas são contratadas para atuarem nesse filme. Geralmente, o filme tem o mocinho e o vilão. O vilão é um personagem mau. Que faz coisas horríveis. O vilão pode ser um nazista, um racista, um pedófilo, um agressor, pode matar e torturar pessoas", disse.
 

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