Ministério da Saúde amplia grupos de prioridade para vacinação contra HPV
Pasta tamabém incorporou novo medicamento para pacientes com HIV
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O Ministério da Saúde anunciou importantes atualizações em sua política de saúde, com o objetivo de ampliar a eficácia da prevenção e tratamento de doenças graves. Desde a última segunda-feira (22), pacientes com papilomatose respiratória recorrente (PRR) foram incluídos no grupo prioritário para receber a vacina contra o Papilomavírus Humano (HPV).
Essa decisão foi embasada por estudos que demonstraram os benefícios significativos da vacina como tratamento complementar, reduzindo consideravelmente o retorno da doença em pacientes vacinados. A PRR, condição rara causada pelo HPV, é caracterizada por verrugas nas vias respiratórias, frequentemente resultando em recorrências graves, especialmente em crianças.
Desde 2006, a vacina contra o HPV tem sido considerada parte do tratamento, com resultados promissores. A vacina estará disponível mediante prescrição médica, com consentimento dos pais para menores de 18 anos.
Além disso, o Ministério da Saúde anunciou a inclusão da vacina contra o HPV no Sistema Único de Saúde (SUS) em dose única, destinada a crianças e adolescentes de 9 a 14 anos. Imunossuprimidos e vítimas de violência sexual, que também podem receber a vacina na rede pública, manterão o esquema anterior de até três doses.
Em outra medida, o Ministério da Saúde informou a incorporação do Fostensavir trometamol (600mg) no SUS para o tratamento de pacientes adultos com HIV que enfrentam resistência múltipla aos tratamentos convencionais contra o vírus. A aprovação pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias ao SUS (Conitec) ocorreu em março, com previsão de disponibilidade do medicamento em até 180 dias após a publicação da portaria.
A decisão de ampliar o público contemplado no novo modelo de tratamento será revisada em seis meses, levando em consideração fatores como a demanda e a disponibilidade do medicamento em estoque na rede. O Ministério da Saúde ressaltou que essa inclusão está alinhada ao objetivo de promover melhor qualidade de vida para aqueles que vivem com o vírus da AIDS, especialmente para aqueles que desenvolvem resistência a múltiplos medicamentos, enfrentando um maior risco de contrair doenças oportunistas. A última vez que uma medicação para pessoas multirresistentes foi incorporada ao SUS foi há oito anos, com a etravirina de 200mg.