Ministério da Saúde determina sigilo sobre valor de compra de 73 milhões de testes de Covid
"Resguardar o caráter competitivo", foi a justificativa à decisão apresenta pelo órgão .

Foto: Fachada do Ministério da Saúde em Brasília. Créditos: Jefferson Rudy/Agência Senado/ Wikimedia Commons
O Ministério da Saúde determinou o sigilo do valor referente à compra de 73 milhões de testes rápidos de Covid-19. As informações são da coluna Paulo Cappelli do Metrópoles.
Segundo o estudo técnico, que baseou a licitação, a escolha pela confidencialidade foi com o objetivo de “resguardar o caráter competitivo do certame, prevenindo a formação artificial de preços e assegurando a seleção da proposta mais vantajosa para a Administração”.
Com o contrato válido por dois anos, a compra refere-se a kits para detecção do vírus através de amostra nasal ou nasofaríngea. O número de testes foi calculado com bases na soma de duas médias anuais: a de testes distribuídos entre 2023 e 2024, que foi de 30,1 milhões; e a de notificações de síndromes virais, com 30,7 milhões de casos.
“A soma desses valores (60.832.688) dividida por dois resulta em 30.416.344, ao qual foi acrescida uma margem de segurança de 20% (6.083.269), totalizando uma estimativa anual de 36.499.613 testes. Assim, o quantitativo estimado para abastecimento em 24 meses é de 72.999.226 unidades, arredondado para 73.000.000 testes rápidos de antígeno”, detalha o estudo técnico.
Os testes rápidos são utilizados no Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com o Plano Nacional de Expansão da Testagem para Covid-19 (PNE-Teste). Somente no ano de 2024, até o mês de outubro, foram distribuídos 10,3 milhões de testes, conforme o documento.


