Ministério Público Militar cobra revisão nas investigações sobre armas de Roberto Jefferson
Em maio, o Exército iniciou um inquérito
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
O Ministério Público Militar (MPM) solicitou que o Exército retome as apurações no inquérito que investiga como o ex-deputado Roberto Jefferson adquiriu armas e munições enquanto estava preso. O MPM alega que o Exército deixou informações essenciais de fora da investigação e ordenou a realização de mais diligências no caso.
Em maio, o Exército iniciou um inquérito policial militar para esclarecer os detalhes dos supostos crimes. Uma vez que Roberto Jefferson já estava detido e tinha condenações e processos criminais, ele não poderia ter adquirido armas e munições nos últimos anos. Surpreendentemente, o ex-deputado manteve o registro de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC).
Recentemente, a Força Armada encaminhou a investigação ao MPM, a fim de que os promotores pudessem dar continuidade ao processo e, se necessário, apresentar denúncias contra os militares envolvidos ou arquivar o caso. No entanto, o MP Militar considerou que informações básicas da apuração estavam ausentes, como o nome de alguns militares envolvidos nas autorizações concedidas a Jefferson. Com essas lacunas, o MPM não pôde identificar indícios de crimes militares, o que comprometeria sua atuação perante a Justiça.
O arsenal de armas de Roberto Jefferson tornou-se público em outubro do ano passado, quando ele confrontou policiais federais com tiros e granadas. Mais tarde, o ex-deputado se tornou réu por tentativa de homicídio e enfrenta acusações adicionais, incluindo resistência qualificada, posse ilegal de armas de fogo e munição de uso restrito, bem como posse de três granadas adulteradas.