Ministério Público realiza operação contra esquema de fraudes bancárias que desviou R$ 3,5 milhões
O esquema alvo da operação causou prejuízo de cerca de R$ 3,5 milhões a uma instituição financeira
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo
Ação realizada em parceria com o Cybergaeco (Grupo de Investigação de Crimes Cibernéticos) do MP (Ministério Público) e a Polícia Miliar de São Paulo desbaratou uma quadrilha especializada em fraudes bancárias na manhã desta quarta-feira (9).
O esquema alvo da operação causou prejuízo de cerca de R$ 3,5 milhões a uma instituição financeira.
Os agentes cumpriram 57 mandados de busca e apreensão e seis pedidos de prisão temporária nos estados de São Paulo, Goiás e Santa Catarina. A operação também conta com o suporte de equipes da Polícia Civil.
Segundo a SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública), as investigações apuraram que a quadrilha se aproveitava de uma vulnerabilidade no sistema de controle de garantias de um banco e realizava transações fraudulentas, utilizando contas em nome de laranja pessoas que não seriam as verdadeiras beneficiadas.
Os golpistas também utilizavam dispositivos de cobranças vinculados a estabelecimentos comerciais fictícios para simular transações legítimas.
Os investigadores não detalharam como os golpistas conseguiam os dados dos laranjas para operar as contas em nome deles.
No entanto, especialistas em fraudes do tipo alertam que a coleta de dados é feito por meio de golpes aplicados de forma online em clientes de todos os tipos, que clicam em links maliciosos vindos por email, WhatsApp e redes sociais, por exemplo.
Em agosto, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) assinou acordo de cooperação técnica com o Ministério da Justiça e Segurança Pública para trocar conhecimentos tecnologias, metodologias, capacitação de pessoas e colaboração mútua para o desenvolvimento de projetos e atividades de interesse comum contra esses tipos de fraude.
O ministério e os bancos devem trocar informações para viabilizar ações rápidas e eficientes no combate a fraudes, golpes e crimes cibernéticos.
O acordo faz parte de uma iniciativa chamada de Estratégia Nacional de Segurança Financeira, que envolve outras empresas de segmentos como financeiro, telecomunicações, varejo, lojas online, redes sociais e o próprio governo.
De acordo com nota publicada pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, no estado, os mandados são cumpridos nas cidades de São Bernardo do Campo (ABC), Taboão da Serra, Mogi das Cruzes, Suzano, Embu das Artes, Arujá e Praia Grande.
Ao todo, cerca de 280 agentes públicos, como policiais militares e civis e promotores de Justiça, participam da operação.