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Ministra dos Direitos Humanos diz que assentamento do MST alvo de ataque será incluído em programa de proteção

Ataque deixou dois mortos e seis feridos; pasta monta “ação de escuta” para auxiliar família das vítimas

Por Da Redação
Ás

Ministra dos Direitos Humanos diz que assentamento do MST alvo de ataque será incluído em programa de proteção

Foto: Divulgação/MST

O assentamento Olga Benário do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), localizado em Tremembé, no interior de São Paulo, será incluído no programa de proteção do Ministério dos Direitos Humanos. No sábado, a comunidade foi alvo de um ataque armado que deixou duas pessoas mortas e seis feridas.

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Neste domingo (12), a ministra da pasta, Macaé Evaristo, esteve no enterro das vítimas. Segundo Macaé, uma equipe do ministério implementará na segunda-feira (13) apoio psicológico aos familiares das vítimas e demais moradores do assento.

“O que nós vamos estabelecer agora é uma ação de escuta [...] Às vezes é preciso comprar equipamento, desde câmeras filmadoras de monitoramento, treinamento para as comunidades. Tudo isso vai ser estabelecido a partir de agora”, disse.  

Macaé disse ainda que não haviam denúncias prévias registradas por moradores do assentamento em relação à ameaças. “Especificamente sobre esse caso, nós não tínhamos nenhuma denúncia prévia. Tanto é que esse grupo [Olga Benário] não faz parte do nosso grupo de proteção. Passará a fazer parte a partir desse episódio”, garantiu.

As investigações apontam que a motivação do crime seria um desentendimento sobre o comércio irregular de terreno dentro da área de assentamento.

No sábado (11), Antônio Martins dos Santos Filho, de 41 anos, conhecido como “Nero do Piseiro”, foi preso apontado como chefe do ataque. Ele confessou o crime e delatou um comparsa identificado como Ítalo Rodrigues da Silva, que teve a prisão decretada e é considerado foragido da Justiça. 

O Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou que a Polícia Federal (PF) instaure inquérito para apurar o ataque. Segundo a pasta, uma equipe da PF, com agentes, perito e papiloscopista se deslocou para o local. 

Já o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar emitiu uma nota de repúdio e prestou solidariedade às famílias das vítimas. A pasta informou ainda que o ministro Paulo Teixeira, "entrou em contato com autoridades estaduais e nacionais da área da segurança pública para pedir providências e punição do crime que classificou como bárbaro".

Vítimas

Gleison Barbosa, de 28 anos, e Valdir do Nascimento, conhecido como Valdirzão, de 52, morreram no local. As demais vítimas foram hospitalizadas no Hospital Regional de Taubaté e no Pronto Socorro de Tremembé. 

Os sobreviventes são três homens e três mulheres. Segundo o MST, um dos feridos está em estado “muito grave”. 

Testemunhas e sobreviventes relataram para a polícia que cinco carros e três motos invadiram o local durante a noite e que as pessoas dos veículos efetuaram diversos tiros contra os moradores do local.

O assentamento é regularizado pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) há cerca de 20 anos para o MST. O movimento informou também que as famílias assentadas sofrem ameaças constantes, mesmo após denúncias às autoridades.

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