Ministro da Defesa defende punição individual de militares envolvidos em atos de 8 de Janeiro
José Múcio Monteiro busca restaurar a credibilidade das Forças Armadas após suspeitas de envolvimento em ataques
Foto: José Cruz/Agência Brasil
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, reforçou o compromisso das Forças Armadas em não se envolverem em atos de 8 de janeiro e defendeu a punição individual dos militares suspeitos de participação nos eventos. Em uma entrevista ao podcast do 2+1, Monteiro admitiu a presença de militares nos ataques, mas enfatizou que as medidas disciplinares devem ser aplicadas caso a caso, de acordo com a vontade da instituição. "A vontade das Forças Armadas é clara: queremos nos libertar da suspeição. Queremos passar de suspeitos a parceiros, contribuindo para um país mais unido", afirmou o ministro durante a entrevista.
Monteiro também revelou seus esforços para obter informações sobre possíveis envolvidos nos ataques, buscando cooperação da Polícia Federal e do STF. No entanto, devido ao sigilo dos processos em curso, não houve divulgação de nomes até o momento.
O ministro da Defesa reforçou que os militares não têm interesse em promover golpes de estado no Brasil e destacou que a instituição segue as diretrizes democráticas desde que o presidente Lula assumiu o cargo. Ele mencionou a demissão do general Júlio César de Arruda e a nomeação do general Tomás Paiva como comandante do Exército como uma resposta ao desejo do presidente Lula por lideranças mais alinhadas com o discurso legalista.
Sobre as comemorações do 7 de setembro, José Múcio Monteiro expressou o desejo de transformar a data em um momento de pacificação e união, destacando a importância de separar as atividades militares da política. O ministro busca restaurar a tradição da parada militar nessa data, afastando-a do cenário político.