Ministro da Justiça e Segurança Pública diz que também monitorou grupo bolsonarista
Informação foi revelada durante reunião secreta com parlamentares
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Além dos 579 servidores públicos “antifascistas”, a Seopi (Secretaria de Operações Integradas), do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, monitorou o grupo extremista “300 do Brasil”, formado por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. Um relatório de inteligência foi produzido sobre os integrantes que acamparam na Esplanada dos Ministérios e ameaçaram bombardear o STF (Supremo Tribunal Federal).
A informação foi revelada a parlamentares pelo próprio ministro da Justiça, André Mendonça, durante uma reunião sigilosa na última sexta-feira (7), como uma tentativa de dar um tom de normalidade ao dossiê produzido contra os opositores do governo.
Porém, diferentemente dos servidores públicos monitorados pela pasta, o grupo bolsonarista já era alvo de investigações do Ministério Público do Distrito Federal e da Procuradoria-Geral da República após ameaças feitas durante manifestações em Brasília.
Na reunião, Mendonça também citou outros relatórios de inteligência produzidos pelo Ministério da Justiça em governos anteriores, como na época da Copa do Mundo de 2014, da Olimpíada de 2016 e do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Segundo Mendonça, o monitoramento de grupos que representem alguma ameaça é uma atividade rotineira. Em conversas reservadas, o ministro tem mencionado um episódio específico de depredação em Curitiba, atribuído a manifestantes antifascistas, para justificar que há, sim, motivos para monitorar integrantes ligados a estes grupos.