Política

Ministro da Secom critica juíza que suspendeu sigilo de operação contra o PCC

O presidente Lula havia citado a juíza ao dizer que a operação seria "mais uma armação de Moro"

Por Da Redação
Ás

Ministro da Secom critica juíza que suspendeu sigilo de operação contra o PCC

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil | Reprodução/Ajufe

O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, criticou nesta sexta-feira (24), a juíza Gabriela Hardt, da 9ª Vara Federal de Curitiba, responsável por suspender o sigilo da decisão que levou à operação da Polícia Federal (PF) contra integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Participantes do grupo planejavam realizar ataques contra servidores públicos e autoridades, dentre eles o senador Sergio Moro (União Brasil-PR).

“Gabriela Hardt acaba expondo as investigações e, consequentemente, atrapalhando-as, já que as apurações seguem em curso e tratam de um tema sensível, que é o das organizações criminosas. Seu objetivo foi ajudar a PF?”, disse Pimenta nas redes sociais.

A Justiça Federal do Paraná, órgão que responde pela juíza Gabriela Hardt, afirmou em nota que a  retirada do sigilo do processo foi um pedido do delegado que conduz as investigações, protocolado nos autos às 14h de quinta-feira (23).

“Contudo, por cautela, a juíza federal designada para atuar no caso, entendeu melhor manter o nível de sigilo 1, por segurança dos investigados e vítimas, autorizando a divulgação apenas das representações policiais e das decisões que autorizaram as prisões e as buscas, bem como o termo de audiência de custódia”, diz a nota.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia levantado, na quinta-feira (23), dúvidas sobre a operação ser “mais uma armação” de Moro.

“Até fiquei sabendo que a juíza não estava nem em atividade quando deu o parecer para ele. Isso a gente vai esperar, eu não vou ficar atacando ninguém sem ter provas. Eu acho que é mais uma armação. Se for, ele vai ficar mais desmascarado ainda e eu não sei o que ele vai fazer da vida se continuar mentindo do jeito que está", afirmou o presidente.

Gabriela Hardt assumiu o inquérito do caso ao substituir a juíza Sandra Regina Soares, que saiu de férias, na titularidade da 9ª Vara Federal de Curitiba. Ela assumiu o posto na terça-feira (21), e seguirá responsável pelos processos da magistrada titular até 31 de março.

Hardt foi a juíza que substituiu Sergio Moro em 2018, quando este pediu exoneração da 13ª Vara Federal de Curitiba para assumir o Ministério da Justiça no governo de Jair Bolsonaro (PL). Foi ela quem assumiu o comando da Operação Lava Jato na época.

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