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Ministro de Minas e Energia concorda com críticas do governo sobre privatização da Eletrobras

Alexandre Silveira aborda divergências no processo e destaca preocupação com aspecto social

Por Da Redação
Ás

Ministro de Minas e Energia concorda com críticas do governo sobre privatização da Eletrobras

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, abordou a política de privatização da Eletrobras e concordou com as críticas levantadas pelo governo, revelando divergências em pontos do processo que foram defendidos pela empresa em um comunicado divulgado há pouco mais de uma semana. Declarações foram realizadas em entrevista exclusiva à GloboNews.

A Advocacia-Geral da União apresentou uma ação no Supremo Tribunal Federal para solicitar a revisão do contrato de privatização da Eletrobras. Silveira considera que essa medida tem embasamento, uma vez que o governo, sendo um dos principais acionistas da empresa, possui uma participação comum no conselho.

"O governo tem 43% das ações da Eletrobras, e não deveria ter apenas um voto entre os conselheiros. A Golden Share da Eletrobras é criminosa, pois não dá nenhum direito ao governo brasileiro de uma participação mais efetiva na gestão", afirma Silveira.

O ministro também defendeu as recentes declarações do presidente Lula, que manifestou publicamente sua insatisfação com o contrato de privatização da empresa. Além disso, Silveira abordou a irritação causada aos parlamentares do Centrão pela crítica à privatização feita pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa.

Silveira ressalta que o presidente expressa-se de acordo com seus compromissos assumidos durante a campanha e com sua compreensão do que é melhor para o país. Ele argumenta que é necessário observar a prática do governo, que busca dialogar de forma clara sobre seus propósitos e objetivos gerais.

Por fim, o ministro minimiza as divergências existentes em diferentes aspectos do processo de privatização das empresas, incluindo a Eletrobras, mas reforça a preocupação com a vertente social, que foi uma das principais bandeiras de campanha do governo Lula.

"Nosso objetivo é construir um país melhor para todos, estabelecendo uma relação entre a compreensão da natureza jurídica da empresa, a necessidade de mercado, a segurança jurídica, a segurança regulatória, sem perder o foco no aspecto social", conclui Silveira.

Vale ressaltar que a privatização da Eletrobras foi proposta pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2021, foi autorizada pelo Congresso no mesmo ano e concluída na Bolsa de Valores em junho de 2022.

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