Política

Ministro envia para PGR comunicação de crime atribuído a Eduardo Bolsonaro

Celso de Mello pontuou que é imprescindível a apuração dos fatos

Por Da Redação
Ás

Ministro envia para PGR comunicação de crime atribuído a Eduardo Bolsonaro

Foto: Carlos Moura/SCO/STF

O decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Celso de Mello, encaminhou nessa sexta-feira (29) ao procurador-geral da República, Augusto Aras, os autos de comunicação de crime formulada contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, por suspeita de ter praticado crime contra a Segurança Nacional. 

“Trata-se de comunicação de delito (“notitia criminis”) encaminhada ao Supremo Tribunal Federal, em que se noticia a suposta prática, pelo Deputado Federal Eduardo Nantes Bolsonaro, do crime de incitação à subversão da ordem política ou social previsto na Lei de Segurança Nacional (Lei nº 7.170/83, art. 23, I)”, escreveu Celso de Mello.

No despacho, Mello que é relator da suposta interferência do presidente na Polícia Federal (PF), disse ser "imprescindível, em regra, a apuração dos fatos delatados, quaisquer que possam ser as pessoas alegadamente envolvidas, ainda que se trate de alguém investido de autoridade na hierarquia da República, independentemente do Poder (Legislativo, Executivo ou Judiciário) a que tal agente se ache vinculado".

O ministro também ressaltou que "cabe ter presente, neste ponto, por oportuno, que o Ministério Público e a Polícia Judiciária, sendo destinatários de comunicações ou de revelações de práticas criminosas, não podem eximir-se de apurar a efetiva ocorrência dos ilícitos penais noticiados". 

A notícia-crime foi apresentada na quinta (28) pelo advogado Antonio Carlos Fernandes, do Ceará, e cita as declarações de Eduardo na live. O filho do presidente da República criticou decisões recentes dos ministros Celso de Mello e Alexandre de Moraes.

 

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:[email protected]

Faça seu comentário