Ministros do Supremo criticam greve dos policiais do Ceará
Declarações foram dadas na chegada para a sessão
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Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Dois ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) teceram críticas nesta quinta-feira (20) sobre o movimento grevista iniciado por policiais militares do Ceará. A classe reivindica aumento de salário.
O ministro Alexandre de Moraes afirmou que a greve é ilegal e inadmissível. Declaração foi dada ao chegar para participar da sessão no STF. "Como se pode disparar tiros a esmo, podia ter sido um morticínio gigantesco. É ilegal e tem que ter consequências tanto na Justiça comum quanto na criminal", afirmou.
Ricardo Lewandowski também afirmou que a greve não tem amparo legal. "Como ministro do Supremo Tribunal Federal, acho que é extremamente preocupante uma greve de policiais militares ou qualquer corporação armada. É constitucionalmente vedado que corporações armadas façam greve", pontuou.
Greve proibida
Em 2017, o plenário do STF decidiu que todos os servidores que atuam diretamente na área de segurança pública não podem exercer o direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade, por desempenharem atividade essencial à manutenção da ordem pública.
Força Nacional
Um grupo de militares da Força Nacional de Segurança Pública embarcou na manhã desta quinta-feira (20) do Aeroporto Internacional de Brasília com destino ao estado do Ceará. O avião da Polícia Federal transportando os militares decolou às 8h. Um segundo grupo embarca às 15h, devendo chegar na capital cearense às 17h45.