Ministros do TCU avaliam pedir devolução de estojo de joias que ficou com Bolsonaro
Segundo o órgão, bens presenteados por governos não são itens pessoais
Foto: Agência Brasil/Divulgação
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ser obrigado a devolver o estojo de joias que recebeu da Arábia Saudita. Isso porque ministros do Tribunal de Contas da União (TCU), segundo informações do jornal O Globo, avaliam pedir a devolução com base no entendimento de que bens presenteados por governos não são itens pessoais.
Especialistas também põem em dúvida a tese da defesa do ex-presidente de que os itens configuram um presente de “caráter personalíssimo”. Na última quarta-feira (8), Bolsonaro confirmou à CNN que incorporou ao seu acervo privado o conjunto com caneta, um anel, um relógio, um par de abotoaduras e uma espécie de rosário.
Os itens luxuosos foram trazidos para o Brasil em outubro de 2021 pelo ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque. Na ocasião, um pacote com joias avaliadas em R$ 16,5 milhões que seriam destinadas à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também entrou no país com a comitiva da pasta, mas acabou apreendido por fiscais da Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, onde permanece.