• Home/
  • Notícias/
  • Política/
  • Ministros e servidores do governo Bolsonaro receberam R$ 17,9 mi de verbas extras em 2019
Política

Ministros e servidores do governo Bolsonaro receberam R$ 17,9 mi de verbas extras em 2019

BNDES, Pré-Sal Petróleo S.A. e a Caixa são os maiores pagadores do benefício

Por Da Redação
Ás

Ministros e servidores do governo Bolsonaro receberam R$ 17,9 mi de verbas extras em 2019

Foto: Reprodução

Uma amostra dos valores pagos com jetons apenas nos últimos dois meses de 2019 revela que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), a Pré-Sal Petróleo S.A. e a Caixa se destacam entre os maiores pagadores do benefício.

Três ministros e 553 servidores do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) receberam R$ 17,9 milhões em 2019 com verbas extras. Os chamados "jetons" são pagos, além dos salários, por participação em reuniões, geralmente mensais, em estatais do governo e entidades do sistema "S". Com a renda adicional, vários funcionários e ministros conseguiram supersalários. 

O primeiro no "pódio" dos jetons é um tenente-brigadeiro da Aeronáutica. Com quase meio milhão de reais de verbas extras, ele obteve salários que variaram de R$ 72 mil a R$ 74 mil brutos mensais, entre junho e outubro do ano passado. A renda comum do comandante de Operações Aeroespaciais José Magno Resende se somou a um jetom de R$ 40.796 pago pela Embraer, empresa que tem participação da União, inclusive com direito a tomar as decisões mais sensíveis para a companhia, a chamada "golden share".

O segundo da lista é o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho (PSDB). Ele é seguido por um secretário do Ministério da Economia.

O Ministério da Economia possui um setor que administra os conselheiros de estatais e recebe informações sobre jetons. Em nota, a pasta comandada pelo ministro Paulo Guedes afirmou que "os descontos do abate-teto [mecanismo para controle dos salários] estão em consonância com o disposto no art. 37 da Constituição".

Na noite de quinta-feira (20), o STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria num julgamento que permitiu o acúmulo de salários com jetons, mas acabou sem analisar os megacontracheques.
 

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:[email protected]

Faça seu comentário