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Moradores do Alphaville fazem abaixo-assinado para denunciar coloração e redução de água em lagoa de Salvador

Órgãos ambientais não tomaram providências sobre o local

Por Da Redação
Ás

Moradores do Alphaville fazem abaixo-assinado para denunciar coloração e redução de água em lagoa de Salvador

Foto: Reprodução

Moradores do bairro Alphaville I, em Salvador, buscam entender o que aconteceu com a Lagoa de Alphaville, localizada na região, de há cerca de duas semanas passou a contar com nível baixo de água e a coloração apresenta um aspecto barrento e cor amarronzada. Por esse motivo, criaram um abaixo-assinado para cobrar do poder público uma solução.

A lagoa é remanescente de mata atlântica, integra a bacia hidrográfica do Passa Vaca e deságua no Rio Jaguaribe. Ele também serve de hábitat natural para espécies silvestres, a exemplo de peixes, patos, jacarés e pássaros. 

De acordo com o abaixo-assinado, os próprios moradores notaram que a redução da água é de pelo menos 12 cm por dia, o que preocupa, já que calcularam e o período de secagem total pode ocorrer nos próximos 20 dias, ocasionando mortes de animais que lá vivem. 

Obras podem ser responsáveis 

Além do pedido de investigação e adoção de medidas para que não chegue nesse estado, os residentes do Alphaville informaram que há uma obra que está sendo realizada em uma área que tem conexão com a lagoa. E por isso, pedem as obras sejam suspensas para que sejam apuradas os motivos pelo qual o local está esvaziando tão rápido. 

Ainda conforme o abaixo-assinado, os moradores tentaram contato com secretarias da Prefeitura de Salvador, Ministério Público da Bahia, Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto do Meio Ambiente (IMA) e o Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (COPPA), no entanto, "nenhuma medida foi efetivamente adotada até o momento por estes órgãos". 

Segundo moradores ao Farol da Bahia, um técnico do Inema chegou a fazer uma vistoria, mas ele não "chegou a ver as irregularidades" e informou que nenhum poço feito pela empresa responsáveis pelas obras era profundo e não havia nenhum indício de que á água da lagoa estava sendo utilizada por eles.

Os residentes do bairro também detalharam que acionaram a Superintendência de Controle e Ordenamento do Solo do Município (SUCOM), no qual afirmaram em visita ao local da obra, que a empresa tem autorização para dispensa de licença ambiental. A Sucom confirmou que a equipe também faria uma vistoria nas obras que estão sendo feitas na Mansão Reserva Real, também no Alphaville, contudo, os moradores não tiveram mais informações sobre a checagem da prefeitura. 

Hipóteses

Entre as hipóteses do que poderia ter ocasionado essa mudança repentina, os moradores acreditam que pode ter cedido alguma área e feito uma espécie de caverna, motivo pelo qual a água poderia estar reduzindo. Outra especulação é de que o responsável pela obra feita próximo a lagoa possa ter "provocado o escoamento artificial" ao ter rebaixado o lençol freático e por isso a água pode estar indo embora do local. E até que os tremores de 4,6 de magnitude, ocorrido no dia 30 de agosto na Bahia, possa ter alguma relação com a secagem da lagoa. 

O Farol da Bahia entrou em contato por telefone com a Secretaria Municipal de Sustentabilidade, Inovação e Resiliência (SECIS), porém foi informado que o órgão não tinha responsabilidade sobre a lagoa. 

Sobre a mudança da cor da água da lagoa, também em contato com a Embasa, a empresa informou que uma inspeção foi realizada na manhã desta quinta-feira (24) e a rede coletora de esgoto do local "está funcionando normalmente". Ou seja, o esgoto "não tem relação com a mudança de coloração da água relatada por moradores de Alphaville".

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