Moradores do Solar do Unhão acusam MAM-BA de racismo
A manifestação ocorreu após a colocação de um arame farpado ao redor do museu
Foto: Divulgação/Associação de Moradores do Solar do Unhão
A Comunidade do Solar do Unhão criticou, nesta segunda-feira (16), a instalação de uma cerca de arame farpado ao redor do Museu da Arte Moderna da Bahia e afirmou a gestão do local seria "racista". Em nota, moradores afirmam que "para Elite, píer e casarão. Para a comunidade, arame farpado".
O museu passou recentemente por uma reforma que custou R$30 milhões e está com a reabertura marcada para esta terça-feira (17). Segundo o movimento liderado pela Associação de Moradores do Solar do Unhão e as instituições sociais que promovem trabalho social no bairro, como o Coletivo de Entidades Negras (CEN) e o Museu Street Art Salvador (MUSAS), um protesto será feito em frente ao patrimônio para que haja garantia de acesso à todos.
"O MAM acredita que é preciso píer e casarão para as elites, mas que não é necessário garantir o esporte e o lazer da comunidade do Solar do Unhão, que tenta construir uma quadra esportiva em espaço não tombado próximo ao museu. (...) Nós acreditamos na economia e na construção coletivizada, em que ninguém e nenhum grupo sai beneficiado em detrimento do outro.", disseram em nota.
Além disso, o grupo afirmou que tentou entrar em contato com a gestão do museu durante a reforma e não obteve retorno. Confira abaixo a nota completa: