Moraes vota para prender por 17 anos homem que quebrou relógio no 8 de janeiro
Antônio Cláudio Alves Ferreira é réu no STF por vários crimes, incluindo associação criminosa armada e golpe de Estado
Foto: Reprodução/TV Globo
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, votou a favor da condenação de Antônio Cláudio Alves Ferreira a 17 anos de prisão. Ferreira foi um dos invasores do Palácio do Planalto durante os ataques de 8 de janeiro de 2023 e foi responsável por danificar o relógio histórico de Balthazar Martinot.
Para justificar a sua decisão, Moraes afirmou que há um "robusto conjunto probatório" contra o réu. Ferreira foi preso após realizar registros dentro do Palácio do Planalto. O homem também estava no acampamento montado em frente ao QG do Exército, e defendeu a intervenção militar, que é inconstitucional.
“Está comprovado, tanto pelos depoimentos de testemunhas arroladas pelo Ministério Público, quanto pelas conclusões do Interventor Federal, vídeos e fotos realizados pelo próprio réu e outros elementos informativos, que ANTONIO CLAUDIO ALVES FERREIRA, como participante e frequentador do QGEx e invasor de prédios públicos na Praça dos Três Poderes, com emprego de violência ou grave ameaça, tentou abolir o Estado Democrático de Direito, visando o impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais por meio da depredação e ocupação dos edifícios-sede do Três Poderes da República”, escreveu o ministro.
Ferreira é réu no STF por vários crimes, incluindo associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima.
Durante interrogatório, Ferreira confessou que danificou um vidro para ingressar no Planalto e disse que "em razão da reação dos órgãos de segurança, resolveu danificar o relógio histórico e rasgar uma poltrona, os quais estavam na parte interna do prédio e, após, jogou um extintor nas câmeras".
O julgamento de Ferreira ocorre no plenário virtual do STF, quando os ministros inserem seus votos no sistema eletrônico da Corte. A defesa dele pediu sua absolvição ao Supremo.