Moro encaminha à PGR inquérito para investigar depoimento de porteiro sobre caso Marielle
Porteiro pode ter confundido ou manipulado, diz Ministro
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ministro da Justiça, Sergio Moro, encaminhou ao procurador-geral da República, Augusto Aras, um pedido para instauração de inquérito com intenção de investigar o depoimento do porteiro do condomínio do presidente Jair Bolsonaro, na Barra da Tijuca.
O porteiro revelou a polícia que, momentos antes do assassinato, no dia 14 de março de 2018, o outro suspeito do crime, Élcio de Queiroz, entrou no condomínio e afirmou que iria para a casa do então deputado Jair Bolsonaro. Contudo, os registros de presença da Câmara dos Deputados revelam que o agora presidente da República estava em Brasília no dia.
Em documento encaminhado a Aras, Moro afirma que o porteiro pode ter se confundido ou sido manipulado por terceiros para prejudicar o presidente. No dia do assassinato de Marielle, o porteiro trabalhava na guarita que controla os acessos ao condomínio. Às 17h10 do dia do crime, ele escreveu no livro de visitantes o nome de quem entra, Élcio, o carro, um Logan, e a casa que o visitante iria, a de número 58.
Bolsonaro afirma que e Moro deve abrir investigação sobre caso Marielle
O pedido de Moro foi levado à Procuradoria-Geral da República (PGR) após o presidente Jair Bolsonaro ter afirmado que solicitaria essa previdência ao ministro da Justiça. Em Riad, na Arábia Saudita, onde participa de encontros com autoridades do país, o presidente afirmou que Moro pode solicitar abertura de investigação sobre caso Marielle.
"Com toda certeza, tomará a medida cabível, que é pedir uma investigação dos que investigavam o caso Marielle através do Ministério Público".
Confira o pedido do ministro Sergio Moro: