Morre o fotógrafo Peter Beard, o defensor dos animais selvagens

Ontem, o fotógrafo norte-americano Peter Beard teve a morte confirmada pela família , após ficar desaparecido desde 31 de março. Com 82 anos, o fotógrafo vivia com a mulher, Nejma, em um complexo luxuoso de chalés em Long Island, em Nova York. O endereço tinha vista para o Oceano Atlântico. Antes de desaparecer, Peter foi visto pela última vez em um passeio fora de casa. De acordo com o jornal New York Times, ele sofria de sérios problemas de saúde, como demência, dificuldade de locomoção e havia tido um AVC.      A propriedade de Peter é composta por uma vegetação densamente arborizada, o que dificultou as buscas pela polícia na área de 3,2 km. O lugar tem, ainda, um penhasco para o oceano de 15m de altura. 

Embora tenha iniciado a carreira no campo da moda, o artista encontrou-se profissionalmente ao deparar-se com as mazelas de países do continente africano.

De estética particular e enquadramento preciso, Peter deixou um forte legado e registros da luta pela conservação do meio ambiente e, principalmente, de animais selvagens. A causa de proteção dos elefantes ganhou maior sensibilidade por meio do olhar do fotógrafo. 

Para denunciar ao mundo a triste realidade do extermínio dos animais selvagens, Peter chegou a morar no Quênia. Ruanda, Uganda e Congo estiveram entre os destinos visitados pelo artista.

Enquanto registrava a situação de perto, o norte-americano fez diários ilustrados. Um deles chegou a ser publicado com os relatos da dinamarquesa Karen Blixen, no livro Den Afrikanske (1970). Na obra, roubou a cena entre os leitores as partes documentais escritas com sangue animal.