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Mortalidade Infantil registra queda de 51% em 2022

Países como Camboja, Malaui, Mongólia e Ruanda tiveram redução de 75%

Por Da Redação
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Mortalidade Infantil registra queda de 51% em 2022

Foto: Patricia Willocq/Unicef

A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou um marco histórico na luta contra a mortalidade infantil, com as últimas estimativas revelando que o número de crianças que morrem antes dos cinco anos caiu para 4,9 milhões em 2022. Os dados do Grupo Interagência da ONU para Estimativa da Mortalidade Infantil mostram uma queda de 51% na taxa global desde 2000.

Durante este período, países como Camboja, Malaui, Mongólia e Ruanda alcançaram uma redução na taxa de mortalidade infantil de mais de 75%. A diretora executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Catherine Russell, elogiou o compromisso dedicado de parteiras, profissionais de saúde e agentes comunitários, fundamentais para a baixa no número de mortes. 

Apesar dos ganhos, o relatório observou que ainda há um longo caminho a percorrer para acabar com todas as mortes evitáveis de crianças e adolescentes. Milhões continuam morrendo de causas tratáveis, incluindo complicações de parto prematuro, pneumonia, diarreia e malária.

A maioria dessas mortes ocorre na África Subsaariana e no sul da Ásia, destacando as disparidades regionais no acesso à saúde de qualidade. O estudo também observou que a instabilidade econômica, conflitos, mudanças climáticas e impacto da pandemia da Covid-19 continuam a prejudicar o progresso e a exacerbar as disparidades existentes nas taxas de mortalidade.

O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, destacou que embora o progresso seja bem-vindo, milhões de famílias ainda sofrem com a perda de uma criança anualmente, muitas vezes nos primeiros dias após o nascimento. 

Para ele, o local onde uma criança nasce não deve determinar se ela viverá ou morrerá. “É fundamental melhorar o acesso a serviços de saúde de qualidade para todas as mulheres e crianças, inclusive durante emergências e em áreas remotas”, avalia o chefe da agência de saúde da ONU.

Para melhorar o acesso a serviços de saúde de qualidade e salvar a vida de crianças, a ONU destaca que é necessário investir em educação, empregos e condições de trabalho decentes para que os profissionais de saúde ofereçam cuidados primários, inclusive os agentes comunitários de saúde.

Juan Pablo Uribe, diretor global de Saúde, Nutrição e População do Banco Mundial, enfatizou a necessidade de acelerar o progresso. "Devemos garantir que todas as crianças tenham acesso aos mesmos cuidados de saúde e oportunidades, independentemente de onde nasceram”, adiciona.

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