Morte de Ayrton Senna completa 30 anos nesta quarta-feira (1°)
Conheça a trajetória de um dos maiores ídolos do esporte brasileiro
Foto: Divulgação
A morte de um dos maiores ídolos do esporte brasileiro completa 30 anos nesta quarta-feira (1°). No dia 1° de maio de 1994, Ayrton Senna morreu aos 34 anos em um acidente durante o Grande Prêmio de San Marino, em Ímola, na Itália.
Tricampeão mundial da Fórmula 1, Senna vivia o auge da sua carreira. Em Ímola, ele liderava a corrida quando a barra de direção da Williams FW16 quebrou e o carro foi direto para a barreira da curva Tamburello. A morte de Senna foi confirmada horas depois do acidente, no Hospital Maggiore, em Bolonha, na Itália.
Carreira na Fórmula 1
Ayrton Senna estreou na Fórmula 1 no dia 25 de março de 1984, no Grande Prêmio do Rio de Janeiro. No entanto, a primeira vitória de Senna só viria um ano depois, no GP de Portugal.
Depois de passagens pela Lotus e Toleman, Senna assinou com a McLaren em 1988, dando início a uma parceria tricampeã mundial. Já no ano de estreia pela equipe britânica, o brasileiro venceu o primeiro título de Fórmula 1 da carreira. Voltando a conquistar o título mundial em 1990 e 1991.
Após terminar o mundial em quarto lugar em 1992 e em segundo em 1993, Ayrton trocou a McLaren pela Williams na temporada 1994. Na época, a união gerou altas expectativas, pois o piloto mais talentoso da competição correria com o melhor carro.
Acidente
O final de semana em Ímola foi o mais trágico da história do automobilismo. Durante os testes, na sexta-feira, o brasileiro Rubens Barrichello sofreu um grave acidente. No sábado, o estreante Roland Ratzenberger perdeu o controle, atingiu o muro e o carro explodiu. As lesões cerebrais foram fatais.
Os pilotos cogitaram não correr o GP. O chefe médico da F1, Sid Watkins, chegou a pedir a ajuda de Senna para cancelar a etapa. O brasileiro queria condições mais seguras para a corrida em Ímola e decidiu homenagear o piloto morto no sábado caso conquistasse a vitória. Com a pole position na prova, Ayrton balançaria uma bandeira da Áustria se vencesse a corrida.
A GP de San Marino já começou com acidente entre os carros dos pilotos JJ Lehto e Pedro Lamy, cujo os destroços deixaram nove pessoas feridas na arquibancada. Após o reinício da corrida, na sétima volta, Senna perdeu o controle da Williams e chocou-se contra o muro em alta velocidade. Poucas horas depois, o piloto brasileiro foi declarado morto aos 34 anos, no Hospital Maggiore de Bolonha.
A morte do maior ídolo do país na época parou o Brasil, que declarou imediatamente luto oficial de três dias. Ayrton Senna foi velado na Assembleia Legislativa de São Paulo, em 4 e 5 de maio.
O caixão do piloto foi visitado por 240 mil pessoas, e o cortejo que foi até o Cemitério do Morumbi, onde ele foi enterrado, reuniu uma multidão de mais de um milhão de pessoas.
Mudanças na segurança
Desde a morte de Senna, diversas mudanças foram executadas na Fórmula 1 para garantir a segurança dos pilotos.
Conjuntos do carro foram aperfeiçoados para evitar que novos acidentes fatais ocorressem. Tanto que, em 30 anos, a categoria teve somente um acidente que levou à morte de um piloto, o francês Jules Bianchi, no GP do Japão de 2014.
Atualmente, os carros possuem estruturas que protegem o corpo do piloto, da cabeça aos pés. O bico, as laterais do cockpit e a traseira têm reforços capazes de absorver o impacto em caso de batida.
Além das barreiras de pneus, a F1 incorporou há alguns anos uma nova barreira, chamada “TecPro”, agilizou seu procedimento de atendimento a pilotos acidentados, aumentou áreas de escape e proteção nas pistas mundo afora.
Entre os principais equipamentos obrigatórios de um piloto de Fórmula 1 está o Hans (“head and neck support” que significa “apoio de cabeça e pescoço”), desde 2003. Ele fica preso ao capacete e sustenta a cabeça e o pescoço do piloto para que não aconteça o mesmo que passou com Senna com o impacto do braço da suspensão do carro, que acertou seu capacete e provocou uma fratura da base do crânio.