Mourão e Heleno negam possibilidade de golpe militar no país
O ministro do GSI afirma que a sua nota divulgada na semana passada foi distorcida
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A possibilidade de golpe militar no país foi afastada pelo vice-presidente da República, Hamilton Mourão, e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, na última quinta-feira (28). Mourão falou sobre o assunto ao comentar declarações do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que disse, durante uma live na internet, ser inevitável uma “ruptura institucional” no país.
O vice-presidente afirmou, ao comentar a fala de Eduardo Bolsonaro, que não ver motivo para uma intervenção militar. “Quem é que vai dar golpe? As Forças Armadas? Que é isso, estamos no século 19? A turma não entendeu. O que existe, hoje, é um estresse permanente entre os Poderes. Eu não falo pelas Forças Armadas, mas sou general da reserva, conheço as Forças Armadas: não vejo motivo algum para golpe”, afirmou.
De acordo com o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, a “nota à nação brasileira”, divulgada na semana passada, foi distorcida. No texto, ele alertou para “consequências imprevisíveis”, ao repudiar a possibilidade de apreensão judicial do celular de Bolsonaro.
“Foi uma nota completamente neutra colocando o problema em si, sem citar nomes”, disse o ministro. “Não falei em Forças Armadas, não falei em intervenção militar”, assegurou. Porém, ele voltou a criticar o despacho de Celso de Mello, embora o magistrado tenha apenas adotado uma praxe processual. “Não se justifica que a maior autoridade do país tenha seu telefone celular apreendido a troco de coisas que não têm o menor sintoma de crime”, declarou.
Apesar disso, na última quinta, o ministro do STF, Celso de Mello enviou à PGR três pedidos de impeachment contra Heleno, todos relacionados à polêmica nota da semana passada.