• Home/
  • Notícias/
  • Brasil/
  • Mourão fala em "trabalho democrático" após Parlamento europeu indicar rejeição a acordo Mercosul-UE
Brasil

Mourão fala em "trabalho democrático" após Parlamento europeu indicar rejeição a acordo Mercosul-UE

Vice-presidente pede "calma"

Por Da Redação
Ás

Mourão fala em "trabalho democrático" após Parlamento europeu indicar rejeição a acordo Mercosul-UE

Foto: Agência Brasil

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou nesta quarta-feira (7), que há "ruído" na decisão do Parlamento Europeu de rejeitar simbolicamente o acordo entre a União Europeia e o Mercosul, com a justificativa de preocupações ambientais. Segundo ele, é possível usar a diplomacia para reverter a posição expressa pelo Parlamento.

"Tem muito ruído nisso aí. Isso tudo faz parte do trabalho diplomático que tem que ser feito. Então, vamos com calma", disse o vice-presidente. "Isso é uma coisa simples, né? Levou 20 anos para ser acertado isso aí e envolve muitos interesses, tem muitos interesses aí”, declarou.

O texto não tem poder de vetar o acordo, porém, indica a contrariedade de parlamentares europeus com o desenho da parceria e com a agenda ambiental do Mercosul, bloco formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Nesta quarta-feira (7), a resolução foi confirmada pelo Parlamento Europeu por 345 votos a favor, 295 contra e 56 abstenções. O documento assegura que o acordo deve garantir que os produtos de parceiros passem pelo mesmo controle de qualidade, equivalência de leis trabalhistas e padrões de sustentabilidade da cadeia de produção europeia. 

Mourão mencionou o “lobby dos agricultores europeus” e a força do Partido Verde em diferentes países da Europa como exemplo de interesses que podem barrar o acordo. Até o momento, o vice-presidente mantém a ideia de levar embaixadores, entre os quais de países da União Europeia, para uma viagem à Amazônia no próximo mês. Em setembro, embaixadores de países europeus enviaram uma carta ao governo brasileiro cobrando medidas para conter o desmatamento na Amazônia e alertaram que a devastação dificulta a importação de produtos brasileiros.

Em nota conjunta, os ministérios das Relações Exteriores e da Agricultura rebateram relatório encomendado pelo governo francês a um comitê de especialistas independentes, que alertava sobre os riscos ambientais representados pelo acordo.
 

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:[email protected]

Faça seu comentário