MP fortalece combate a fake news durante a pandemia do coronavírus
Núcleo de Combate aos Crimes Cibernéticos desenvolve campanhas virtuais para alertar a população
Foto: Reprodução
Cerca de 110 milhões de pessoas acreditam em pelo menos uma notícia falsa sobre a pandemia do novo coronavírus no Brasil, de acordo com um estudo realizado pelo instituto Avaaz. Para se ter ideia da dimensão do problema causado pela disseminação falsa de informações, esse número corresponde a sete em cada dez brasileiros.
O estudo divulgado mostrou ainda que as redes sociais (whatsapp e facebook) foram as principais plataformas utilizadas para a propagação das fake news, elas são usadas pelos brasileiros como fonte de informação. Nesse contexto repleto de notícias alarmistas, o Núcleo de Combate aos Crimes Cibernéticos (Nucciber) do Ministério Público estadual participou de uma campanha virtual ‘Coronavírus – Fato ou Fake’, que visava alertar a população para que, antes de clicarem ou compartilharem notícias, conferissem se as informações eram verdadeiras em sites confiáveis.
A campanha consistiu na divulgação de posts no Instagram e Facebook do MP contendo dicas de sites confiáveis de checagem da veracidade das notícias, endereços eletrônicos para verificação de links suspeitos e de fraudes, além de posts que alertavam, por exemplo, notícias falsas como a que informava que a Netflix decidiu liberar o acesso a sua plataforma de filmes e séries durante o período de isolamento e a de que a vacina vanguarda, utilizada para o combate de doenças em animais, poderia ser utilizada para o combate do covid-19 em humanos.
O Nucciber, com o intuito de conscientizar a sociedade a respeito da utilização adequada da Internet, desenvolveu ainda esse ano dez ciberdicas que foram veiculadas no site do núcleo e nas redes sociais do MP, abordando diferentes temas de interesse da sociedade como os cuidados necessários para utilização do serviço PIX, dicas de segurança nas compras online, riscos das URLs encurtadas e alertas sobre deep fake, que é o uso de inteligência artificial para adulteração de vídeos, áudios, imagens e outras mídias a partir de técnicas como a sincronização dos movimentos labiais, expressões do rosto e até a voz de alguém.