MP investiga vereador que tentou abrir CPI contra padre Júlio Lancellotti
O parlamentar havia proposto a abertura de duas CPIs na Câmara Municipal de São Paulo contra o Padre Júlio Lancelotti
Foto: Reprodução/AndréBueno/Rede Câmara
Após uma denúncia do Instituto Padre Ticão, a Polícia Civil está investigando o vereador Rubinho Nunes (União Brasil). O parlamentar havia proposto a abertura de duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) na Câmara Municipal de São Paulo contra o Padre Júlio Lancelotti.
No primeiro pedido, em dezembro de 2023, o vereador fez uma solicitação a CPI para investigações não governamentais que operam na região da Cracolândia. Ele não mencionou diretamente o padre Júlio Lancelotti, mas posteriormente o criticou nas redes sociais.
Nunes protocolou outro pedido de CPI focado em casos de abuso e assédio sexual contra pessoas vulneráveis, usuárias de drogas e moradores de rua na capital paulista, em março deste ano, com o padre Júlio como alvo principal, embora não tenha sido citado nominalmente.
O Ministério Público de São Paulo determinou a investigação policial, acatou a solicitação do Instituto Padre Ticão, e acusou Nunes de abuso de autoridade ao utilizar a CPI como meio de ganho político. O argumento dos advogados representantes do instituto foi que o vereador disseminou informações falsas sobre Júlio Lancelotti e demonstrou aporofobia.
Paulo Henrique Castex, promotor, ordenou a investigação para esclarecer se houve conduta criminosa significativa, dada a seriedade das acusações. Como resposta, Rubinho Nunes classificou as acusações como absurdas e negou qualquer abuso de autoridade relacionado à CPI.