MP pede ao TCU que analise gasto de R$ 48 milhões do BNDES
Investigação da caixa-preta do BNDES foi uma das promessas de campanha do presidente Bolsonaro
Foto: Agência O Globo
O subprocurador do Ministério Público no Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, pediu nesta sexta-feira (24), ao tribunal que avaliasse supostas irregularidades no gasto de R$ 48 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com uma auditoria que analisou negócios entre o banco e empresas do grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista.
A auditoria concluiu que não houve irregularidades nas operações. O alvo principal foram operações realizadas durante governos petistas.
O BNDES contratou a auditoria entre 2017 e 2018, durante o governo do ex-presidente Michel Temer. Entretanto, Bolsonaro tem defendido a investigação desde a campanha eleitoral, em 2018, e prometeu "abrir a caixa-preta do BNDES".
Dois escritórios de advocacia foram contratados para fazer a investigação. Um estrangeiro, com sede em Nova York, e outro do Rio de Janeiro.
Furtado afirmou, na representação, que é necessário que o TCU apure se o valor do contrato está de acordo com o praticado no mercado e se a própria contratação dos escritórios foi realizada obedecendo a legislação.