MPT abre investigação após seis trabalhadores serem resgatados em situação análoga à escravidão em fábrica de fogos na Bahia
Dois proprietários de uma fábrica de produção e venda clandestina de fogos de artifício foram autuados

Foto: Divulgação/Filipe Conceição/ Ascom PCBA
O Ministério Público do Trabalho (MPT) na Bahia abriu inquérito para investigar o caso onde seis pessoas foram resgatadas em situação análoga à escravidão, em Alagoinhas, município a cerca de 80 km de Feira de Santana, durante a 'Operação em Chamas', na quinta-feira (12).
Conforme divulgado pela Polícia Civil no município, o grupo de trabalhadores não tinham carteira assinada, e nem acesso a dispositivos de proteção individuais ou coletivos. Além das condições degradantes de segurança e higiene que era submetido.
Três pessoas, entre elas dois proprietários de uma das fábricas, foram conduzidas à delegacia para prestar depoimento. Eles só foram liberados após pagamento de fiança.
O MPT, órgãos de assistência social do município e estruturas de suporte a vítimas de trabalho escravo como a Comissão Estadual de Combate ao Trabalho Escravo (Coetrae) integraram o caso. Uma série de protocolos é adotada para acolher os trabalhadores.
Além do resgate dos trabalhadores, cerca de dois milhões de fogos de artifício foram apreendidos em decorrência da operação, em Alagoinhas. Em Feira de Santana, os agentes apreenderam 13.500 unidades de fogos irregulares em pontos de venda não autorizados. Enquanto em Serrinha, foram encontrados sete mil fogos ilegais.
Os materiais apreendidos serão decartados pela Coordenação de Fiscalização de Produtos Controlados (CFPC).