Mudança de hábitos: 'miojo' ganha espaço na mesa do brasileiro e fica 21,84% mais caro em 2022
Com a alta procura, opções de baixo nutricional também passaram a pesar no bolso do consumidor
Foto: Pixabay
Diante da disparada de preços dos alimentos, os brasileiros foram obrigados a esvaziar o carrinho e passar a optar por itens mais pobres em nutrientes. Porém, com a tentativa de substituir os produtos com opções "inferiores", esses itens também passaram a pesar no bolso das famílias.
Um exemplo de um produto de baixo nutricional que registrou salto acima da inflação nos primeiros sete meses deste ano é o macarrão instantâneo, conhecido popularmente como "miojo", que teve alta de 21,84%. Outros que também seguem a mesma linha é a salsicha (7,1%) e as massas semipreparadas (9,19%), de acordo com dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As proteínas mais utilizadas no momento da substituição também figuram como vilões da inflação neste ano, puxada pelos preços do leite longa-vida (+57,42%). Há também um aumento expressivo no preço dos ovos (+12,21%). Por outro lado, as proteínas mais nobres, como o filé-mignon (-3,81%) e a carne de carneiro (-8,43%) ficaram mais baratas nos sete primeiros meses do ano.
O cenário contribui para o aumento da insegurança alimentar no Brasil, que já atinge 36% da população desde 2021, de acordo com a Fundação Getulio Vargas.
