Mudanças climáticas têm influência nos casos de dengue, revela estudo
As temperaturas mais elevadas podem propiciar um ciclo de desenvolvimento mais favorável ao mosquito Aedes aegypti
Foto: Agência Brasil
Um estudo realizado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) aponta para os prováveis impactos das mudanças climáticas nos casos de arboviroses, como dengue, zika e chikungunya, transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
O pesquisador Antonio Carlos da Silva Oscar Júnior, do Instituto de Geografia (Igeog) da UERJ, destaca que o aumento das temperaturas e chuvas mais intensas pode facilitar a reprodução do mosquito e, consequentemente, a propagação dessas doenças.
Segundo o estudo, as temperaturas mais elevadas podem propiciar um ciclo de desenvolvimento mais favorável ao mosquito Aedes aegypti em diferentes regiões do Rio de Janeiro, do Brasil e do mundo. Regiões antes não afetadas, como o sul do Brasil e até mesmo países da Europa, têm registrado casos da doença.
O estudo, intitulado "Mudança climática e risco de arboviroses no estado do Rio de Janeiro", ressalta a necessidade de monitoramento e implementação de medidas de prevenção em face da possível expansão das áreas de transmissão das arboviroses.
Dados do Ministério da Saúde mostram que o Brasil registrou mais de 1 milhão de casos prováveis de dengue até a última sexta-feira (8), com o Distrito Federal apresentando a maior incidência da doença. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, também destacou a influência das mudanças climáticas no aumento de casos de dengue no país.