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Mulher atacada por uma raposa fica 34 dias no hospital e não sobrevive

Para a família, a morte poderia ter sido evitada caso o médico tivesse aplicado vacina e soro

Por Da Redação
Ás

Mulher atacada por uma raposa fica 34 dias no hospital e não sobrevive

Foto: Reprodução

A aposentada Maria de Sousa Neta, 67, a mais velha de nove irmãos, morreu após passar 34 dias internada, com diagnóstico de raiva humana, em um hospital público de João Pessoa, na Paraíba. 

Segundo a família, a morte poderia ter sido evitada caso o médico, que prestou o primeiro atendimento após Maria ter sido mordida por uma raposa, tivesse aplicado vacina e soro.

O caso aconteceu em abril de 2020. Maria retornava para casa, no sítio Craúnas, no município de Riacho dos Cavalos, sertão da Paraíba, quando foi atacada pelo animal.

Para a família, o médico da unidade mista de saúde teria garantido que “não existia mais vacina”.

Após esse período, a aposentada retornou e ouviu que estava curada. 62 dias depois, em junho, Maria apresentou sintomas como desorientação, dificuldades de deglutição e agitação psicomotora.

A família não suspeitava de que se tratava de raiva humana. Eles retornaram ao posto de saúde, e, então, o mesmo médico sugeriu que fossem a um hospital na cidade vizinha.

Ao informar o que tinha ocorrido com a irmã, outro médico suspeitou da doença e decidiu encaminhá-la para o Hospital Universitário Lauro Wanderley, em João Pessoa. Ao chegar na unidade, Maria foi imediatamente para a UTI. Maria morreu 34 dias depois.

À Folha, o médico Paulo César Araújo negou que tenha dito que não existia vacina e afirmou que, quando a paciente foi atendida, já havia passado o intervalo de tempo adequado para fazer uma intervenção. “Eu fiz os cuidados básicos e prescrevi uma medicação injetável [seriam antibióticos]”, diz.

Conforme o médico, há dificuldade para encaminhar pacientes para soroterapia porque é necessário que eles se desloquem para cidades maiores.

“Eu fiz o primeiro atendimento e orientei sobre esse assunto. A gente sabia do problema das vacinas que a gente tem na nossa regional, mas, quando eu atendi na unidade mista, deixei a critério da unidade de saúde a qual ela pertencia”, afirma.
 

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