Vídeo: Mulher morre em UPA de Salvador após não receber atendimento médico; família denuncia negligência
Vítima de 43 anos estava com falta de ar e chegou a implorar por oxigênio

Foto: Reprodução/Redes sociais
Uma mulher de 43 anos, identificada como Adnailda Souza Santos, morreu após não ser atendida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro de Pau Miúdo, em Salvador, nesta terça-feira (11). Em um vídeo gravado pelo esposo da vítima, a mulher aparece implorando por oxigênio.
“Eu vou filmar, porque se essa mulher morrer aqui… Tanto médico na casa, uma emergência, rapidinho, para um balão de oxigênio”, afirmou o marido da paciente, Sidnei Monteiro de Jesus.
Conforme relato de Sidnei à TV Bahia, Adnailda Souza passou a terça-feira (11) se sentindo mal e buscou atendimento em diferentes unidades de saúde. Por volta das 17h, eles chegaram à UPA de Pau Miúdo. Por volta das 20h, a paciente relata intensa falta de ar e implora por oxigênio.
Apesar dos gritos em frente ao consultório médico, a família afirma que nenhum atendimento ou suporte foi realizado pela unidade de saúde.
Por meio de nota ao Farol da Bahia, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informou que lamenta o caso e determinou a abertura de um processo administrativo para apurar o óbito.
"A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Salvador, primeiramente, lamenta profundamente o óbito ocorrido e se solidariza com muito pesar junto aos familiares e amigos. Adicionalmente acrescenta que determinou a abertura imediata de processo administrativo cobrando apuração rigorosa do caso", informou.
Inicialmente, a SMS havia divulgado uma nota esclarecendo o que teria ocorrido, de acordo coordenação da unidade, onde a paciente Adnailda teria sido admitida na UPA às 17h40 e encaminhada para atendimento prioritário conforme a classificação de risco laranja.
Ainda segundo a nota, "durante a consulta médica houve piora do quadro, e a paciente foi prontamente levada para a sala de assistência a pacientes críticos, onde foram iniciadas medidas de suporte à vida. Apesar das manobras clínicas instituídas, ela não resistiu".
A família, no entanto, desmentiu a versão da Secretaria e afirmou que a mulher recebeu uma pulseira na cor amarela e não laranja, além de não ter recebido o devido atendimento.