Mulher morre por eutanásia no Peru, e se torna primeira pessoa a receber procedimento no país
Ana Estrada sofria de uma doença incurável e degenerativa que provoca fraqueza muscular progressiva
Foto: Jessica Alva Piedra/Wikipedia
A psicóloga peruana Ana Estrada, que sofria de uma doença incurável e degenerativa, morreu de eutanásia no domingo (21). A informação foi confirmada nesta segunda-feira (22) pela advogada de Ana.
Ela foi autorizada a realizar o procedimento pela Suprema Corte do Peru em 2022 e se tornou a primeira pessoa no país a receber eutanásia.
"No domingo, 21 de abril de 2024, Ana Estrada exerceu o seu direito fundamental a uma morte digna e acedeu ao seu procedimento médico de eutanásia. Ana morreu nos seus próprios termos, conforme a sua ideia de dignidade e em pleno controle da sua autonomia até o final", disse sua advogada, Josefina Gayoso, em comunicado.
A advogada também informou que o procedimento foi realizado de acordo com o "Plano e Protocolo de Morte Digna" aplicável a Ana, aprovado pelo Seguro Social de Saúde do Estado peruano.
Ana sofre desde os 12 anos de polimiosite, uma doença incurável e degenerativa que provoca fraqueza muscular progressiva. Ela usa cadeira de rodas desde os 20 anos por conta da enfermidade, segundo a imprensa peruana.
Ana Estrada pediu para pôr um fim à vida dela por eutanásia em fevereiro de 2021.
A sentença foi aprovada por quatro votos, e dois magistrados foram contrários. É a primeira vez que a maior instância da Justiça do Peru permite uma eutanásia.