Mulher que atacou fiscal da Vigilância Sanitária no RJ não possui registro de engenheira química
Ela pode ser multada caso confirmada a irregularidade
Foto: Reprodução TV Globo
A mulher que agrediu verbalmente o superintendente de educação e projetos da Vigilância Sanitária do Rio, Flávio Graça, não possui registro profissional de engenheira química. No currículo, consta que ela é formada pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), em 2003. As informações são do jornal O Extra.
Contudo, ela não se credenciou junto ao Conselho Regional de Química III (CRQ). O presidente do órgão, Rafael Almada, abriu uma investigação para saber ela atuava como engenheira química ou responsável pela área na Taesa, última empresa onde trabalhou e foi demitida.
“A profissional não possui registro junto ao CRQ-III. Estamos averiguando isso junto a Taesa (ex-empresa da mulher). Enviamos um ofício nesta quarta-feira para empresa perguntando como era a forma de contrato dela com eles. Se ela estiver falando a verdade, que é formada, mas atuava como engenheira química sem registro, ela agiu contra o código de ética profissional. Um engenheiro químico, para exercer plena e regularmente sua profissão deve obrigatoriamente estar registrado em Conselho de Fiscalização da Profissão (CRQ-III), segundo o Art. 25 da lei 2800/1956”, pontuou.
De acordo com Almada, se a mulher atuou de forma irregular dentro da área, será responsabilizada e autuada, em forma de multa e até perda do direito de exercer a profissão.
“Ainda não procuramos a profissional diretamente porque estamos apurando os fatos. Se confirmar que ela atuava sem registro, vamos encaminhar o caso ao Ministério Público Federal e acionar a polícia. Ela ainda vai receber uma multa de até R$ 5.103,88, além de suspensão do direito de exercer a profissão em até dois anos por falta ética”, afirmou.
A Taesa esclareceu que a profissional em questão desempenhava funções administrativas na área financeira, onde ocupava o cargo de Especialista de Planejamento e Controle, contratada em regime CLT. Em seu currículo, a mulher cita que tem especialização em administração de empresas.
Leia também >> Veja vídeo: Após ser flagrada agredindo verbalmente fiscal da prefeitura, mulher é demitida