Mulheres chefiam maioria dos lares na Bahia, segundo IBGE

Pela primeira vez na história, as mulheres representam a maioria na chefia dos lares na Bahia, representando 51% das pessoas que são responsáveis pelos domicílios no Estado. Os dados constam no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que foi divulgado na última sexta-feira (25). Para efeito de comparação, no último censo, realizado em 2010, o número era de 39,9%. O número equivale a um acréscimo de mais de 11%.

Ainda de acordo com o levantamento do IBGE, Salvador se tornou a terceira capital do Brasil em proporção de mulheres que chefiam domicílios, com 55% diante de 46,3% do censo de 2010. A chefia das mulheres também é maior em 45% das cidades da Bahia. No último censo, somente seis dos 417 municípios baianos apresentavam mulheres na liderança, menos de 2%.

Confira abaixo as cidades baianas com maiores proporções de domicílios majoritariamente chefiados por mulheres em 2022:

Barrocas (63,6%), a 208 km de Salvador;
São Francisco do Conde (62,1%), na região metropolitana;
Mirangaba (60,6%), cidade do norte da Bahia.

Domicílios sem casais

O levantamento do IBGE também trouxe a Bahia com a 2ª maior proporção de lares onde não residiam casais, trazendo número de 45,1%. Salvador é a capital brasileira que possui a maior proporção no mesmo indicador, com 53,1% dos imóveis sem a presença de cônjuge.

As casas que não tem filhos também registrou um crescimento na Bahia. Mais de 4 em cada 10 residências não têm presença de filhos, cujo número é 44,5%. Em compensação, foram registradas aproximadamente 840 mil mães solos no Estado, o que representa 16% de todos as moradias. Na capital baiana, o número é maior que a Bahia, com 18,2%.

Entre os anos de 2010 e 2022, casas onde moram apenas uma pessoas praticamente duplicaram na Bahia e se tornam a 2ª espécie mais comum, equivalendo a 1 em cada 5 unidades domésticas na Bahia (20,2%).