Mulheres denunciam terem sido vítimas de intolerância religiosa após psicóloga impedir visita do pai na UTI
Hospital Regional Costa do Cacau afirma que horário de visita havia encerrado
Foto: Leonardo Rattes/Ascom Sesab
Duas mulheres mencionaram na terça-feira (21) que foram vítimas de intolerância religiosa no Hospital Regional Costa do Cacau, em Ilhéus, no sul da Bahia. A unidade de saúde negou o crime cometido.
Dalete e Josiane, irmãs frequentadoras da Igreja Adventitsta do Sétimo Dia, decidiram levar um pastor para visitar o pai, que está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital. No entanto, conforme informações das mulheres, o religioso foi barrado de entrar pela psicóloga de plantão.
A dupla também afirma que não conseguiram contato com a direção do hospital, por isso, acionaram a Polícia Militar, que tem um posto montado do lado de fora da unidade de saúde, sendo orientadas a prestar queixa.
O pai das irmãs é João Soares Santos. Com 72 anos, o idoso deu entrada no hospital no sábado (18), sendo internado para fazer uma amputação proveniente das diabetes. Já na segunda (20), foi transferido para UTI devido a problemas renais.
O HRCC emitiu uma nota dizendo que "naquele momento, as visitas foram temporariamente suspensas devido a uma intercorrência grave com outro paciente".
"Ressaltamos que o pastor não foi impedido de realizar a assistência religiosa, mas seu acesso foi adiado em virtude das circunstâncias. A equipe informou e orientou os familiares sobre a continuidade das visitas, reafirmando que a UTI é um ambiente de cuidados intensivos, sujeito a ajustes nas rotinas por questões de segurança dos pacientes", ressaltou o hospital de Ilhéus.